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Tecnologia

Rota Bioceânica: Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Regional

Ricardo Senna, da Semadesc, enfatiza a importância do corredor logístico para promover avanços científicos e melhorar a qualidade de vida nas quatro nações.

21 fevereiro 2025 - 14h00Por Paulo Roberto Catanante Jr

Na terça-feira (19), o Seminário Internacional da Rota Bioceânica, conduzido pelo secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna, abordou como o corredor logístico pode se transformar em um importante vetor para o desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Durante sua apresentação, Senna destacou que “a Rota Bioceânica é mais que um corredor logístico competitivo; ela é uma oportunidade de desenvolvimento para regiões distantes dos grandes centros, que buscam novas alternativas para crescimento e geração de emprego e renda.” Ele enfatizou que diversas comunidades ao longo da Rota poderão experimentar melhorias significativas em sua qualidade de vida, uma vez que o corredor não só facilitará o trânsito de mercadorias, mas também trará inovação e avanços tecnológicos às áreas menos favorecidas.

A conectividade e a integração digital ao longo dos mais de 3.000 km da Rota foram consideradas essenciais para a implementação de aduanas de cabeceira única, aumentando a eficiência e segurança nos trâmites de carga e na circulação de pessoas. Senna mencionou o "Plan Maestro" do BID, atualmente em elaboração, que aponta a necessidade de garantir essa conectividade. Ele citou a "Infovia Digital" como um exemplo inspirador, ressaltando que são as soluções tecnológicas e inovadoras que proporcionarão um modelo de corredor integrado e ágil. “Imagine um caminhão saindo lacrado de Campo Grande, sendo monitorado em tempo real até o destino final, utilizando câmeras e tecnologia de leitura ótica. Isso reduzirá a necessidade de paradas e trâmites desnecessários para os motoristas”, destacou.

Além disso, Senna mencionou o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, que desempenha um papel crucial na consolidação do Programa de CT&I da Rota Bioceânica, promovendo parcerias entre universidades, centros de pesquisa e setores produtivos. O foco está em desenvolver soluções inovadoras para melhorar infraestrutura, transporte e comércio ao longo do corredor. O painel contou também com a presença de Sonia Leis, vice-presidente da Zona Franca de Jujuy, e Jaime Henriquez, Gerente de Sustentabilidade e Desenvolvimento Territorial da Ferrocarril Antofagasta, que dialogaram sobre como a inovação pode impulsionar a competitividade regional e abrir novas oportunidades para negócios e intercâmbio tecnológico entre os países envolvidos.

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