O vice-governador de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, conhecido como Barbosinha (PP), chamou atenção para a necessidade de ações imediatas do Governo Federal para resolver a questão da segurança pública nas fronteiras. Em reunião realizada nesta quinta-feira (31) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele enfatizou que a manutenção da segurança nessa área representa um custo elevado para o estado. "O crime organizado atua diretamente do Paraguai e da Bolívia, impactando diversas regiões do Brasil", afirmou Barbosinha, que também apontou que cerca de 40% da população carcerária do estado é composta por presos envolvidos no tráfico de drogas, um problema que deveria ser gerido pela Polícia Federal.
Durante a discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, Barbosinha expressou preocupação com a reestruturação das funções da Polícia Rodoviária Federal, afirmando que isso poderia prejudicar ainda mais os serviços de segurança. Ele descreveu a situação da segurança nas fronteiras, citando as dificuldades enfrentadas por um departamento especializado que opera com um efetivo reduzido e a falta de sistemas unificados para identificação e genética.
Barbosinha também criticou a ineficiência das operadoras em fornecer bloqueadores de celular nos presídios e destacou a importância de um pacto nacional organizado pelo Governo Federal, defendendo que "a polícia de MS não trabalha apenas para o estado, mas para o Brasil e o mundo". Ele concluiu que, apesar dos esforços, menos de 20% do tráfico que atravessa as fronteiras é efetivamente apreendido.