Embora as mulheres sejam a maioria entre os eleitores, sua representação nos legislativos municipal e estadual de Mato Grosso do Sul é ínfima, com apenas três deputadas em um total de 24 cadeiras. A deputada Lia Nogueira (PSDB) ressalta a luta constante contra a desconfiança que enfrenta no exercício do mandato, afirmando que as mulheres precisam provar sua competência em uma arena predominantemente masculina. Gleice Jane (PT) também relata que os questionamentos e a resistência aos seus projetos são mais severos que os enfrentados por seus colegas homens.
Em Campo Grande, a vereadora Luiza Ribeiro (PT) observa que apenas 7% das vagas na Câmara Municipal são ocupadas por mulheres, evidenciando um cenário ainda mais desfavorável que a média nacional de 18%. A Ministra do Planejamento, Simone Tebet, enfatiza a necessidade de mais mulheres nas direções partidárias para garantir candidaturas competitivas, destacando que muitas mulheres líderes, atuantes em diversas áreas, estão prontas para servir na política, mas enfrentam barreiras significativas.
Recentemente, um caso de assédio contra a vereadora Sumara Leal em Cassilândia destacou a violência de gênero enfrentada por mulheres na política, mas também resultou em resposta judicial rápida que reforçou a segurança e a determinação de Leal em continuar sua luta por igualdade. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, critica as medidas atuais de cota e reivindica paridade real nas eleições, propondo que a questão da desigualdade de gênero na política deve ser tratada com urgência e seriedade para garantir que as vozes femininas sejam ouvidas e respeitadas.