domingo, 27 de abril de 2025
Dólar Comercial
R$ 5,69
PulsoMS
Pesquisas

Pesquisa Datafolha corrobora Quaest: maioria se opõe à anistia para golpistas de 8 de janeiro

Levantamento revela que 56% dos brasileiros são contra o perdão para os responsáveis pelos atos de vandalismo em Brasília.

08 abril 2025 - 13h00Por Da redação

Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (7) confirma os dados da Quaest e aponta que a maioria dos brasileiros é contrária à anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.  De acordo com o estudo, 56% dos entrevistados se posicionaram contra o perdão dos crimes cometidos durante os ataques às instituições democráticas, consolidando-se como o maior atentado às instituições desde a redemocratização.

A pesquisa Datafolha corrobora levantamento anterior da Quaest, publicado no domingo (6), que também registrou 56% de rejeição à anistia.  A coincidência dos resultados reforça a tendência da opinião pública contrária à anistia.

Os dados da pesquisa Datafolha detalham que 56% dos brasileiros são contra a anistia, enquanto 37% são a favor.  6% dos entrevistados declararam não saber opinar e 2% se mostraram indiferentes. A pesquisa, realizada entre 1º e 3 de abril, entrevistou 3.054 eleitores em 172 cidades brasileiras, apresentando uma margem de erro de dois pontos percentuais.  O estudo demonstra uma alteração gradual na percepção pública ao longo do tempo. Há um ano, 63% se opunham à anistia, percentual que caiu para 62% em dezembro de 2024 e, agora, para 56%.  Concomitantemente, o apoio à anistia cresceu de 31% para 37% no mesmo período.

A polarização política se evidencia na análise dos dados por afinidade partidária.  Entre simpatizantes do PL, 72% se mostraram a favor da anistia, enquanto 90% dos simpatizantes do PSOL e 68% dos petistas se posicionaram contrariamente.  A pesquisa Datafolha ganha ainda mais relevância após a manifestação bolsonarista na Avenida Paulista no último domingo, que reuniu cerca de 44.900 pessoas, segundo metodologia da USP em parceria com o Cebrap e a ONG More in Common, com a presença de governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG).

Em relação à dosimetria das penas aplicadas aos envolvidos nos ataques, as opiniões se dividem: 36% acham que as penas deveriam ser menores, 34% as consideram adequadas, 25% defendem penas mais severas, e 5% não souberam responder.
 

Deixe seu Comentário

Leia Também