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Censo 2022 Revela Avanços e Desafios na Educação de Mato Grosso do Sul

Aumento de 191% na taxa de pessoas com ensino superior contrasta com dificuldades na educação infantil e disparidades entre municípios.

28 fevereiro 2025 - 12h30Por Da redação

O Censo 2022, divulgado pelo IBGE, mostrou um crescimento notável na escolaridade da população de Mato Grosso do Sul ao longo dos últimos 22 anos, com a proporção de pessoas com 25 anos ou mais que completaram o ensino superior saltando de 6,8% em 2000 para 19,8% em 2022. Apesar desse avanço, desafios permanecem, especialmente na educação infantil, onde a frequência escolar entre crianças de 0 a 5 anos ainda é baixa, indicando dificuldade em cumprir as metas do Plano Nacional de Educação (PNE).

Frequência Escolar: Datas e Resultados

A frequência escolar bruta cresceu entre 2000 e 2022, com avanços notáveis nas seguintes faixas etárias:

  • Crianças de 0 a 3 anos: 33,5% (8ª maior do Brasil, abaixo da meta de 50%)
  • Crianças de 4 a 5 anos: 80,3% (7ª menor taxa do país)
  • Crianças de 6 a 14 anos: 98,1% (quase universalização)
  • Jovens de 15 a 17 anos: 82,8% (4ª menor taxa do país)
  • Jovens de 18 a 24 anos: 28,8% (12ª maior taxa do país)
  • Adultos de 25 anos ou mais: 7,0% (7ª maior taxa do país)
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Os dados revelam que as mulheres têm maior frequência escolar em quase todas as idades, exceto entre 6 a 14 anos, onde os homens têm ligeira vantagem.

Disparidades Municipais

A frequência escolar varia significativamente entre os municípios:

  • Crianças de 0 a 3 anos: Chapadão do Sul (59,2%) com a maior taxa, enquanto Corguinho (6,1%) tem a menor.
  • Crianças de 4 a 5 anos: Batayporã (97%) lidera, enquanto Rochedo (53,5%) tem a menor.
  • Crianças e adolescentes de 6 a 14 anos: Taquarussu, Anaurilândia, Figueirão e Alcinópolis com 100% de escolarização; Jateí tem a menor (93,1%).
  • Jovens de 15 a 17 anos: Inocência (92,7%) com a melhor taxa, e Bonito (62,4%) a pior.
  • Jovens de 18 a 24 anos: Ponta Porã (38,1%) lidera, enquanto Santa Rita do Pardo (10,2%) tem a menor taxa.
  • Adultos de 25 anos ou mais: Ladário (17,9%) tem a maior, e Santa Rita do Pardo (0,8%) a menor.
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Educação Indígena em Situação Crítica

A população indígena enfrenta desafios ainda mais severos. A frequência escolar entre as crianças indígenas é alarmantemente baixa:

  • Crianças de 0 a 3 anos: Apenas 8,7% frequentam creche ou pré-escola.
  • Crianças de 4 a 5 anos: O percentual sobe para 57%, ainda abaixo da média do estado.
  • Outras Faixas:
    • 6 a 14 anos: 96,0% (17ª posição nacional)
    • 15 a 17 anos: 74,7% (24ª posição nacional)
    • 18 a 24 anos: 25,7% (13ª posição nacional)
    • 25 anos ou mais: 7,5% (12ª posição nacional)
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Apenas 7 municípios alcançaram a meta de 50% de crianças indígenas de 0 a 3 anos nas creches.

Ensino Superior e Health Indicators

O Censo registrou 366.249 pessoas com ensino superior completo, com 65,7% mulheres e 34,3% homens. Os municípios com as maiores taxas de escolarização são:

  • Campo Grande – 26,67%
  • Dourados – 24,31%
  • Chapadão do Sul – 22,97%
  • Três Lagoas – 19,98%
  • Naviraí – 19,28%
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Saúde

Mato Grosso do Sul tem 2.757.013 habitantes e 8.311 médicos, resultando em uma média de 331 habitantes por médico, a 5ª melhor do Brasil.

Os dados do Censo 2022 evidenciam avanços no ensino superior em Mato Grosso do Sul, mas também destacam a necessidade de políticas públicas que abordem as lacunas na educação infantil e na escolarização indígena, visando reduzir desigualdades e melhorar a qualidade do ensino no estado.

 

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