O Governo de Mato Grosso do Sul está promovendo melhorias no licenciamento do Manejo Integrado do Fogo (MIF) para mitigar o risco de incêndios florestais, especialmente no Pantanal. A nova abordagem visa não apenas reduzir a ocorrência de incêndios, mas também assegurar que o manejo controlado seja realizado de forma eficaz e em períodos específicos, evitando a propagação descontrolada do fogo nas épocas mais críticas do ano. André Borges, diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), afirmou que essa modernização atende às demandas de produtores rurais e organizações envolvidas no processo, e anunciou a realização de uma reunião ampliada para discutir as mudanças na Portaria Imasul 1.259, que estabelece os critérios para obtenção da autorização ambiental.

Artur Falcette, secretário-executivo da Semadesc, enfatizou a urgência da adaptação das regras, que garantirá um manejo mais seguro e ágil. A iniciativa já conta com amplo apoio do setor produtivo, como evidenciado por Gilson Barros, presidente do Sindicato Rural de Corumbá, que afirmou que a queima controlada é uma prática histórica na região para prevenir grandes incêndios. Marcelo Bertoni, da Famasul, também ressaltou a importância da eliminação de taxas para facilitar a execução do manejo e proporcionar segurança jurídica aos produtores.

Paralelamente às ações administrativas, o estado implementou ferramentas tecnológicas para monitorar e prevenir incêndios. O Sistema de Inteligência do Fogo em Áreas Úmidas (Sifau), desenvolvido em parceria com a UFMS, utiliza geotecnologia para identificar áreas de risco e orientar práticas de manejo controlado. Jaime Verruck, secretário da Semadesc, destacou a criação da Sala de Situação de Informações Sobre Fogo, que centraliza dados essenciais para uma resposta rápida e eficaz ao combate de incêndios florestais, promovendo uma colaboração efetiva entre o governo e a sociedade civil.