IBGE Revela Rendimento Domiciliar Per Capita de R$ 2.069 em 2024
Dados da PNAD Contínua mostram crescimento de 9,3% em relação ao ano anterior, com variâncias significativas entre os estados e implicações diretas no Fundo de Participação dos Estados.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta sexta-feira (28) os dados sobre o rendimento domiciliar per capita em 2024, obtidos por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. De acordo com os números divulgados, o rendimento mensal médio dos brasileiros atingiu R$ 2.069. Este valor representa um crescimento substancial de 9,3% em relação a 2023, quando o rendimento domiciliar per capita era estimado em R$ 1.893.
As variações regionais são notáveis. O Maranhão registrou o menor rendimento, com apenas R$ 1.077, evidenciando as disparidades socioeconômicas no país. Em contrapartida, o Distrito Federal destacou-se como a unidade da federação com o maior rendimento per capita, alcançando R$ 3.444. No estado de São Paulo, um dos mais populosos do Brasil, o rendimento foi de R$ 2.662, refletindo a força de sua economia, mas ainda abaixo da média do Distrito Federal.
O cálculo do rendimento domiciliar per capita é feito pela razão entre o total dos rendimentos domiciliares (nominais) e o total dos moradores, considerando não apenas os trabalhadores formais, mas também os rendimentos de outras fontes. Incluem-se nesse cálculo todos os moradores da residência, como pensionistas, empregados domésticos, e parentes que contribuem de alguma forma para a composição da renda familiar. Essa metodologia é fundamental para entender a dinâmica econômica de diferentes regiões do Brasil e a qualidade de vida das famílias.
A divulgação desta pesquisa atende à Lei Complementar 143/2013, que estabelece novos critérios para o rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE). A mudança de critérios visa garantir uma distribuição mais equitativa dos recursos, e a atualização dos dados de rendimento domiciliar per capita é um dos elementos cruciais para essa definição. Os valores apurados também têm implicações diretas nos repasses realizados ao Tribunal de Contas da União (TCU), que se baseia nesses dados para calcular os fatores representativos do inverso do rendimento domiciliar per capita.
Esses números ressaltam a importância de se olhar para as desigualdades regionais que persistem no Brasil e a necessidade de políticas públicas que promovam a inclusão social e o desenvolvimento econômico equilibrado. Com o crescimento do rendimento per capita, espera-se que os estados possam investir mais em áreas fundamentais, como saúde, educação e infraestrutura, melhorando a qualidade de vida de seus cidadãos.