Política

MDB Reage à Decisão do PSDB e Mantém Interesse em Governadores Tucanos

Partido busca atrair Eduardo Leite, Eduardo Riedel e Raquel Lyra, apesar da permanência do PSDB como legenda independente.

21 FEV 2025 • POR Da redação • 10h30

Em reunião realizada nesta quinta-feira (20), o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) foi informado de que o PSDB decidiu não se incorporar e continuará como partido autônomo. Mesmo diante dessa notícia, o MDB não pretende desistir de atrair os três governadores tucanos: Eduardo Leite (RS), Eduardo Riedel (MS) e Raquel Lyra (PE). Cada um deles representa um desafio particular, especialmente com a concorrência do PSD, liderado por Gilberto Kassab, que também busca seus ingressos.

Eduardo Leite já sinalizou que qualquer negociação do PSDB deve considerar uma candidatura alternativa à presidência, afastando-se dos nomes de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O MDB reconhece o desejo do governador gaúcho de concorrer ao Palácio do Planalto e se considera a única legenda viável para tal aspiração. "Leite sabe que pelo PSD ele dificilmente será candidato. Se há alguma chance para ele, essa chance é no MDB", assegurou uma fonte do partido.

Entretanto, essa visão de Leite contrasta com a posição de algumas lideranças do MDB, que preferem alinhar seu apoio tanto a Lula quanto a um possível candidato da direita bolsonarista nas eleições de 2026.

No Mato Grosso do Sul, o MDB busca reforçar sua aproximação com o PSDB para seduzir Eduardo Riedel, especialmente através da conexão com o secretário da Casa Civil, Eduardo Rocha, esposo da ministra Simone Tebet, que pode influenciar positivamente na percepção do partido no estado.

Por outro lado, Raquel Lyra, governadora de Pernambuco, é vista como a candidata mais propensa a se juntar ao MDB. O presidente do partido, Baleia Rossi, demonstra grande interesse em contar com Lyra, que tem se aproximado do governo Lula. A adesão de Lyra poderia consolidar dois palanques significativos em Pernambuco para a legenda em 2026, incluindo a candidatura do prefeito do Recife, João Campos, que deve desafiá-la nas eleições. O MDB observa que a proximidade de Pernambuco com Alagoas, onde a família Calheiros tem forte influência, pode ser um fator decisivo na escolha de Raquel Lyra por sua sigla.