Tecnologia

Seminário Internacional Debate Modernização da Rota Bioceânica como Corredor Econômico

Evento em Campo Grande destaca a importância de investimentos em tecnologia e infraestrutura para o desenvolvimento sustentável do corredor, além da necessidade de desburocratização alfandegária.

20 FEV 2025 • POR Da redação • 17h00
Seminário Internacional da Rota Bioceânica em Campo Grande - Marcus Vinnicius

Campo Grande sedia até esta quinta-feira (20) o Seminário Internacional da Rota Bioceânica e o 6º Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceánico, onde especialistas e autoridades discutem a relevância de investir em tecnologia e infraestrutura para maximizar o potencial do corredor como um importante vetor de desenvolvimento econômico. Na manhã desta quarta-feira (19), Ricardo Senna, secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, ressaltou que, além da construção de estradas e pontes, é crucial implementar soluções avançadas de tecnologia da informação e comunicação ao longo dos mais de 3 mil quilômetros do corredor.

Senna defendeu a implantação de uma Infovia Digital, semelhante ao que já existe em Mato Grosso do Sul, para monitorar cargas e passageiros, utilizando a inteligência artificial para otimizar a gestão do tráfego. Ele ressaltou a importância de conectar a rota com fibra óptica, permitindo comunicações em tempo real e rastreamento eficiente de mercadorias, ao mesmo tempo em que se inclui as comunidades locais no acesso à tecnologia. O debate também abordou a necessidade de simplificação da burocracia alfandegária, com Jaime Verruck, secretário estadual da Semadesc, apontando que um caminhão pode enfrentar até seis trâmites antes de alcançar seu destino final, o que prejudica a competitividade.

João Carlos Parkinson de Castro, chefe da Divisão de Infraestrutura do Ministério das Relações Exteriores, pediu uma sincronização dos cronogramas de obras entre os países envolvidos para garantir que a Rota Bioceânica seja totalmente operacional até 2026. Ele também destacou a importância de investir em ferrovias para reduzir a emissão de gases poluentes, propondo a integração da malha ferroviária na região como alternativa ao transporte rodoviário. Governadores das áreas abrangidas pelo corredor realizaram um fórum privado para abordar questões como a desburocratização alfandegária, que é vital para a competitividade internacional do corredor. O Corredor Bioceânico de Capricórnio, que se estende por 3.320 km e conecta o Oceano Atlântico ao Pacífico, promete transformar a logística regional e trazer benefícios econômicos significativos para os países participantes.