Mato Grosso do Sul Fecha 2024 com Criação de Mais de 12 mil Empregos Formais
Desempenho positivo é impulsionado pela indústria e serviços, apesar da retração na construção civil.
Mato Grosso do Sul encerrou o ano de 2024 com um saldo positivo de 12.412 empregos formais, totalizando 670.377 postos disponíveis, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. O desempenho favorável, observado ao longo do ano, foi especialmente impulsionado por setores como a indústria, que gerou 6.974 novas vagas, além dos setores de serviços, comércio e agropecuária, que contribuíram com 4.206, 3.873 e 2.548 contratações, respectivamente. No entanto, um ponto a ser destacado é o desempenho negativo da construção civil, que enfrentou uma perda significativa de 5.188 postos de trabalho, refletindo os desafios enfrentados pelo setor em um cenário de luta por recuperação.
Bruna Dias, coordenadora de Estatísticas da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), explicou que o crescimento no setor industrial foi particularmente impulsionado pelas indústrias ligadas à produção de alimentos, combustíveis e celulose. “No segmento industrial, destacam-se as indústrias de transformação, especialmente a fabricação de produtos alimentícios, que geraram 3.927 empregos. A produção de biocombustíveis também teve papel importante, com a criação de 1.047 postos de trabalho. Já na agropecuária, a produção florestal, que também se destacou, teve um impacto positivo, contribuindo com 2.140 novas vagas”, comentou. Essas informações refletem uma recuperação e um fortalecimento de setores que são cruciais para a economia do estado, destacando seu papel no cenário nacional.
Apesar do saldo positivo ao longo do ano, o mês de dezembro trouxe uma significativa retração no número de empregos formais, com o fechamento de 14.465 postos. Esse resultado é atribuído, principalmente, ao comportamento sazonal do mercado de trabalho nesse período do ano, onde a maioria das empresas encerra contratos temporários e ajusta suas equipes após o intenso fluxo de trabalho do fim de ano. Durante o ano, Mato Grosso do Sul contabilizou 411.976 admissões e 399.564 desligamentos, um reflexo das oscilações típicas do mercado.
Na avaliação do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, a perspectiva para a geração de empregos em Mato Grosso do Sul é positiva, incentivada por grandes investimentos públicos e privados que deverão ocorrer nos próximos anos. “No setor florestal e de celulose, o Estado se consolidou como um dos principais polos do Brasil, atraindo investimentos bilionários para expansão da capacidade produtiva. A indústria deve ser um dos principais motores da geração de empregos, com um foco especial nas indústrias de transformação e no setor agroindustrial”, enfatizou Verruck, sublinhando a importância da infraestrutura e da inovação para o crescimento econômico.
Verruck também expressou otimismo em relação aos setores de serviços e comércio, que devem continuar sua trajetória de crescimento, impulsionados pelas áreas financeira, imobiliária e de turismo. Ele destacou que, na agropecuária, as previsões são de crescimento em vagas relacionadas à produção de celulose e biocombustíveis, setores que não apenas são promissores, mas também têm o potencial de gerar um impacto positivo no emprego local.
Além disso, a expectativa para o mercado de trabalho em Mato Grosso do Sul deve acompanhar as tendências de sustentabilidade e inovação que estão se consolidando no Brasil e no mundo. Com a ampliação de projetos sustentáveis e um enfoque na economia verde, o estado está se preparando para se adaptar às novas demandas do mercado, o que cria oportunidades adicionais para o emprego e a geração de renda.
Assim, ao olhar para o futuro, a combinação de investimentos estratégicos, inovação e adaptação a novas tendências econômicas pode garantir que Mato Grosso do Sul não apenas mantenha, mas também amplie sua capacidade de geração de emprego nos próximos anos, promovendo assim uma economia mais robusta e diversificada.