Entre janeiro e novembro de 2024, Mato Grosso do Sul apresentou um saldo positivo de 26.776 empregos formais, com destaque para o setor de Serviços, que respondeu por 50,36% das novas vagas, seguido pela Indústria, que contribuiu com 30,02%. Os dados são do Observatório do Trabalho de MS, elaborado pela Coordenadoria de Economia da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) em colaboração com a Fundação do Trabalho de MS (Funtrab). Entretanto, em novembro, o estado revelou um saldo negativo de -179 empregos, com 30.494 contratações superadas por 30.673 desligamentos, indicando uma redução no emprego em comparação a outubro.
O secretário Jaime Verruck atribuiu essa instabilidade ao ciclo sazonal da Agropecuária, que está em fase final de plantio e, portanto, não gera novas oportunidades de trabalho neste período. A queda na Construção também reflete a sazonalidade sectorial, incluindo o término de grandes obras. Embora a maioria dos setores tenha exibido desempenho positivo, o Comércio destacou-se com uma adição de 680 postos, enquanto a Construção e Agropecuária enfrentaram perdas.
Por município, Inocência liderou com 604 novos empregos, seguido por Campo Grande (321) e Itaquirai (187). Em contraste, Ribas do Rio Pardo (-184), Naviraí (-268) e Três Lagoas (-405) enfrentaram as maiores perdas. Os dados ainda revelam que o saldo de empregos com ensino médio completo apresentou o maior incremento, com 204 novas vagas criadas.
No âmbito nacional, a PNAD Contínua revelou que, no trimestre encerrado em novembro de 2024, a taxa de desocupação caiu para 6,1%, a menor desde o início da série histórica em 2012, com 510 mil pessoas saindo do desemprego. Embora os índices regionais de Mato Grosso do Sul sejam divulgados apenas em janeiro, o secretário lembrou que, no trimestre anterior, a taxa de desocupação no estado era de apenas 3,8%, refletindo um ambiente de trabalho em recuperação, embora desafios ainda persistam em setores específicos.