O estado de Mato Grosso do Sul alcançou um superávit de quase 9,5% na balança comercial em janeiro, totalizando US$ 529 milhões, de acordo com dados da Carta de Conjuntura Comércio Exterior divulgados pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) nesta terça-feira (10). As exportações tiveram um leve crescimento de 0,9%, somando US$ 739 milhões, com a celulose liderando o montante, representando 53,3% das exportações, e a carne bovina, com 13,9% de participação. As receitas de celulose dispararam 186,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A análise setorial revelou que a Indústria de Transformação teve um crescimento expressivo de 51,9% em valor e 47,8% em volume, enquanto a Agropecuária apresentou uma queda alarmante de 86% em movimentação e 85,7% em volume. A Indústria Extrativa também contraiu, mostrando uma queda de 25,3% nas receitas. A economista Bruna Mendes, da Semadesc, destacou que o desempenho sólido nas exportações é atribuído ao aumento das commodities e produtos agrícolas: “O superávit comercial reflete a capacidade econômica do estado”, afirmou.
Jaime Verruck, secretário de Estado, creditou esse resultado à política de desenvolvimento do governo: “O crescimento das exportações da agroindústria e da indústria de transformação é crucial para a economia local.” Ele ressaltou que o desempenho da celulose foi impulsionado pela Suzano, em Ribas do Rio Pardo, e destacou a China como o principal destino das exportações, representando cerca de 41% do total.
Em termos regionais, Três Lagoas se sobressaiu com uma participação de 31,1% no valor das exportações, seguido por Ribas do Rio Pardo. No cenário de importações, houve uma queda de 15,7% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 209 milhões, com destaque para o gás natural, que representa 46,5% da pauta de importações. O Porto de Santos permaneceu como a principal saída de produtos, respondendo por 60,4% das exportações em janeiro.
